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Suicídio: fim ou inicio da dor?

  • Psicólogo Reinaldo CRP20/07501
  • 12 de jun. de 2017
  • 4 min de leitura

O que seria o suicídio? fim de uma dor para que perde a vida ou inicio a mais sofrimento para quem fica? o fim a vida é a solução? Existe outro caminho, qual seria? Discutir um tema que é tabu é um desafio, porquanto existe preconceitos, estigmas e juízos de valores. E a pessoa que tá sofrendo, com que ela pode buscar ajuda e ser compreendido? abaixo vamos discorrer um pouco sobre esse tema.


O que é o suicídio?


O suicídio é um tema já discutido por Durkheim (2000) a seculos atrás . O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal. O suicídio é o próprio ato de tirar a vida e ideação é o ato pensado. Definir o que é suicídio é fácil, mas qual é a causa?


Causas e fatores de risco


A causa se dar por vários motivos, como por questões de abuso de álcool e drogas, transtornos psiquiátricos ou psicológicos, doenças físicas, questões genéticas, socioculturais e psicossociais, tentativas previa de suicídio, desesperança, impulsividade, idade, gênero, doenças não psiquiátricas, eventos adversos na infância e adolescência, história familiar (BOTEGA et al. 2009; HAYES, PISTORELLO E BIGLAN, 2008; ABP, 2014). O suicídio é uma questão de saúde pública e uma das maiores causas já diagnosticada são os transtornos mentais. Identificar a causa que leva ao ato é necessário investigação.

Entretanto dois fatores de risco que pode eliciar o comportamento suicida que são: tentativas anteriores de suicídio e transtornos mentais (ABP 2014, OMS, 2014). Tais fatores são importante para prevenir possíveis tentativas, já que há dificuldades de prever tais atos. O transtorno mental onde há um alto índice de porcentagem são os transtornos de humor com 35,8% dos casos. A depressão se tornou o mal do século. Estes casos de suicídio poderiam ser evitáveis e de acordo com a OMS (2002; 2014) e Bertolote e Fleischmann (2002) 90% dos casos de suicídio pode ser evitado. Suicídio sem diagnostico apontam 3,2% dos casos, ou seja, sem diagnósticos psicopatológicos ou morbidades, que predissessem um possível suicídio.



Métodos para acometer o ato suicida


Os métodos variam de enforcamento por cordas à intoxicação medicamentosa, armas de fogo e armas brancas. As pessoas se jogam de pontes e prédios. A autolesão pode prenunciar risco de suicídio (ABP, 2014; BERTOLOTE e FLEISCHMANN, 2002). Vários objetos pessoais podem ser usados com instrumentos. Deve-se evitar fomentar ideias que possam trazer fim ao evitável. É necessário manter controle o acesso a objetos e manter em observação o indivíduo que possa tentar o suicídio.


Taxas


Em tratando-se de números, a ABP (2014 apud OMS, 2014) o número de suicídio em 2012 foi 804 mil no mundo todo. o Brasil alcança a oitava posição no ranking de suicídio. E diante desses dados o que temos feito? O que podemos fazer?



A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio, e a cada três segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. As taxas de suicídio vêm aumentando globalmente. Estima-se que até 2020 poderá ocorrer um incremento de 50% na incidência anual de mortes por suicídio em todo o mundo, sendo que o número de vidas perdidas desta forma, a cada ano, ultrapassa o número de mortes decorrentes de homicídio e guerra combinados. Além disso, cada suicídio tem um sério impacto na vida de pelo menos outras seis pessoas. Se o Suicídio pode ser prevenido em 90% dos casos, Por qual motivo os números estão crescendo? A cada cem habitantes que tem ideações suicidas, um é atendido em pronto-socorro.

Então, como prevenir o suicídio? Falando sobre o suicídio? Divulgando e desmistificando os preconceitos e estigmas cristalizados na sociedade, é um dos caminhos. Doe tempo a um amigo que está sofrendo. Observe se o humor está triste, se suas palavras são negativas, se ha desesperanças no futuro, se ele pensa coisas ruins sobre si mesmo; observe suas redes sociais.

Existem canais sociais que fazem atendimento 24hs, ou seja, a todo momento uma pessoa com ideias de morte ou ideias suicidas, tem alguém preparado para ouvi-la. Basta clicar no link abaixo.

a CVV (centro de valorização a vida) atende 24hs http://www.cvv.org.br/

existem pessoas preparadas para ajudar.


Olhar para o outro,ouvir sua dor. Eles clamam por alguém disposto a ajudar.

REFERÊNCIAS


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA, Comportamento suicida: conhecer para prevenir, Brasília: CFM/ABP, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA, Suicídio: informando para prevenir / Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio, Brasília: CFM/ABP, 2014.

BERTOLOTE, José; FLEISCHMANN, Alexandra, Suicide and psychiatric diagnosis: a worldwide perspective disponível em < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1489848/pdf/wpa010181.pdf>. Acesso em 26 de Ago 2016.

BOTEGA, neury, Comportamento suicida: epidemiologia, disponível em < http://www.scielo.br/pdf/pusp/v25n3/0103-6564-pusp-25-03-0231.pdf>. Acesso em 20 de Jun 2016.

CONTE, Marta; et al., Programa de Prevenção ao Suicídio: estudo de caso em um município do sul do Brasil, disponivel em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000800013>. Acesso em 20 Jul 2016.

DURKHEIM, Émile, O suicídio: Estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, WHO methods and data sources for country‐level causes of death 2000‐2012, disponivel em <http://who.int/healthinfo/global_burden_disease/GlobalCOD_method_2000_2012.pdf>. Acesso em 30 de Ago 2016.


 
 
 

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